Ainda é tempo. 

Às vezes eu preciso expulsar demônios, posto que eu sou o meu exorcista
São fantasmas do passado que insistem em vir perturbar o presente
Que me faz perder o sono e traz um fardo além da minha capacidade.
Ter demônios não é o problema, todos têm, não posso é alimentá-los.

Às vezes preciso esvaziar o porão da minha alma, guardo tantas coisas
E nem sempre elas trazem boas lembranças, são lembranças que acorrentam.
Preciso de um presente livre para construir um futuro novo
Por isso é importante esvaziar de coisas velhas, para dar lugar às novas.

Preciso de uma caixa de lápis de cor nova, para que possa pintar a vida
Cansei de tentar apontar os velhos, e acabar cortando meu dedo
Preciso de um travesseiro novo, o velho já não suporta o tamanho dos meus sonhos.
Preciso de roupas novas, ou um espelho novo; Já não sou o mesmo de tempos atrás.

Mas no processo, preciso tirar algumas lagrimas, para que possa dar lugar a novas
Preciso cicatrizar algumas feridas, correr, lutar e gritar, parar, tomar um fôlego, sentir o vento.
Preciso respirar, e notar que ainda estou vivo, posto que ainda é tempo.
Pois mesmo que não esteja tudo bem, é tempo de cuidar um do outro.



Por: @georgehuxcley
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