Hoje é o primeiro dia de uma série de matérias sobre sustentabilidade, espero que gostem, os primeiros textos são de autoria do Bruno Silva.


Introdução

O grande problema ecológico dos nossos dias reside no facto de que o ritmo de exploração, degradação e destruição dos recursos naturais ter-se tornado, em muitos domínios, mais acelerado do que a própria capacidade da Natureza para os repor. Não garantindo assim que as gerações futuras, possam usufruir dos bens necessários á suasobrevivência.
Neste trabalho abordarei a evolução das energias alternativas portugueses e mundiais, não no contexto histórico, mas no contexto político e ambiental actual, onde demonstrarei as várias formas de possíveis energias alternativas, face aos novos paradigmas da sustentabilidade. A escolha do tema deve-se a motivos da actualidade, tais como, a escassez de Petróleo e os elevados níveis de poluição ambiental.
Depois de uma longa pesquisa sobre o tema em causa, onde privilegiei a Internet, surge então uma questão que tem como objectivo ser orientadora e mostrar de que forma as energias alternativas tem vindo a evoluir e podem ser úteis ás sociedades mundiais, “Como evoluíram as Energias Alternativas, nos últimos 20 anos?”.


Os elevados níveis de poluição

Muitos países aparentam em pleno século XXI ainda não saberem o k é o Protocolo de Quioto e Portugal não é excepção, pois bem o protocolo de Quioto foi assinado em 1997 entrando em vigor em Fevereiro do ano de 2005, sendo ratificado por 155 países. No final do ano de 2004 a associação Quercus alertou para o facto de Portugal não estar a conseguir sequer estabilizar para depois diminuir as suas emissões de gases de efeito de estufa. Recentemente o acordo estabelecido entre os EUA – Ásia sobre as alterações climáticas poderá trazer danos ao protocolo de Quioto e deixou a presidência inglesa embaraçada pois no conseguiu inserir Washington dentro dum acordo climático na recente G8. Os EUA criaram uma parceria para o Desenvolvimento Ásia Pacifico, juntando a China, a Índia, o Japão, a Coreia do Sul e a Austrália. Estes países juntamente com os EUA representam mais de 50% das emissões mundiais de gases de efeito de estufa e esta parceria não inclui metas para a diminuição de reduções. Mais uma tentativa de retirar importância ao protocolo de Quioto e uma mensagem destinada ao Mundo de forma a mostrar o grande poder destas potencias e alertar para as tecnologias sem se preocuparem com metas.
Algumas das conclusões finais da Conferencia em Joanesburgo, alertam para as energias renováveis e para se ter especial atenção ao protocolo de Quioto, protocolo este que é base no ponto relativo ao aquecimento global. A UE pressionou durante esta conferência para que em 2015 dez por cento do total da energia consumida, tivesse origem em energias renováveis, mas rapidamente voltou atrás perante a oposição dos EUA e dos países da OPEP, a quem não interessa esta medida. Tornar as questões ambientais um direito do homem foi, para os responsáveis mundiais reunidos em Joanesburgo, a única forma de reforçar as leis existentes. O director executivo do Programa das Nações Unidas para o Ambiente, Klaus Toepfer afirmou que a degradação ambiental afecta maioritariamente a população mais pobre, que necessita, por isso, de ser protegida. E é também por esta razão que este responsável afirmou que «a integração dos direitos ambientais na lista dos direitos humanos deve ser o caminho a seguir». Um documento elaborado por magistrados reconhece também que a aplicação dos tratados ambientais internacionais necessita de fiscalização e de normas de aplicação, uma proposta que não fica muito distante da ideia do Parlamento Europeu de uma Organização Mundial do Ambiente e um Tribunal Internacional de crimes ambientais
É bem verdade que o Protocolo de Quioto e seu poder de geração de obrigações aos países que ainda não atingiram a plenitude da necessidade mundial de contenção da poluição e redução dos efeitos climáticos por elaprovocados, mas não há como negar que são factores de suma importância para a mudança dos paradigmas ambientais no planeta, hoje voltados ao desenvolvimento sustentável.
Espera-se que, num futuro próximo, as determinações do Protocolo de Quioto possam obrigar os países responsáveis pelos altos níveis de emissão de poluentes, como os EUA, a Rússia e o Canadá, cujos interesses internos ainda são factores de resistência aos acordos internacionais acerca da necessidade da estabilidade climática no mundo.
Reino Unido e a Suécia são os únicos países europeus signatários do Protocolo de Quioto capazes de cumprir os seus objectivos de redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE), ao ritmo actual do seu desenvolvimento económico, revela hoje um estudo do IPPR, instituto britânico de investigação em políticas públicas. Seguindo uma classificação com base numa escala de cores, o IPPR atribuiu o verde ao Reino Unido e Suécia; laranja à França, Grécia e Alemanha e vermelho aos restantes dez países, entre eles a Itália e Espanha. Segundo Tony Grayling director associado do IPPR “Aproximamo-nos do ponto do não-retorno para as alterações climáticas, restando-nos pouco tempo para começar a reduzir, mundialmente, as emissões de gases com efeito de estufa”.
É pois vital que os países da UE cumpram as suas promessas de redução da poluição e devem agir agora para cumprir Quioto através, por exemplo, da poupança de energia e do investimento nas energias renováveis.


Soluções? Energias Alternativas!

Podem perguntar-se porque é que este tema (energias renováveis) é tão importante para nós. Somos neste momento 6 Biliões de pessoas, 4.8 milhões das quais a viver em países subdesenvolvidos. 2 Biliões de pessoas não têm um acesso adequado a fontes de energia. Uma percentagem totalmente desproporcionada do seu tempo é gasto à procura de combustíveis, de maneira a poderem cozinhar e iluminarem-se. Isto acarreta, devido ao uso de combustíveis perigosos, ineficientes e caros, graves consequências ambientais e de saúde. Estima-se que morrem 4 a 5 milhões de crianças por ano apenas devido a ambientes perigosos no interior das suas casas.
Nos próximos 25 anos seremos mais 2 biliões de pessoas, 97% dos quais em países subdesenvolvidos. Isto significará uma pressão enorme nos recursos que temos disponíveis: água, comunicações, energia. O problema da energia assume contornos ainda mais prementes quando pensamos nas consequências que o seu mau uso acarreta: problemas de saúde, problemas ambientais. Por isso penso que este tema tem uma importância extraordinária e que a adopção de energias renováveis tem que necessariamente ser acelerada. Nos países em vias de desenvolvimento, a criação fontes de energia sofre um aumento anual de 75000 MWatts, em que apenas 1000 MW provêm de energias renováveis. E isto num contexto em que as próprias multinacionais da área de energia admitem que daqui a 25, 50 anos, 50% da energia terá que vir forçosamente de energias renováveis.