Até o século XVII, era possível encontrar em todos os cantos de todos os reinos, o monopólio da igreja católica, que há anos atrás estabelecia a sua vontade, vivia por seu entendimento, e não por aquilo que entendem como a vontade divina.
Séculos antes já havia começado a surgir na mente de algumas pessoas um pensamento subversivo em relação ao que ensinava a igreja católica. Mas foi no século XVII que o Iluminismo tomou cor e forma, tendo capacidade para bater de frente com a igreja católica, que atrapalhava o desenvolvimento da economia, da educação e da ciência, pois justificava tudo o que ensinavam, e tudo o que acontecia como a vontade de Deus. E o povo, estava satisfeito e acomodado, com a justificativa baseada em sua fé.

O interessante é que mesmo após tantos anos, as pessoas caem novamente no abismo da fé. A fé é de fato um dom de Deus, o ser humano as vezes não é capaz de acreditar em um futuro melhor pra ele, as coisas que não estão palpáveis e explicadas, são dificeis de ter sua credibilidade garantida. Ter muita fé não é errado, e não faz mal a saúde. Viver pela fé não é pecado, e não vai matar ninguém.

Chamo de abismo da fé, porque é pela fé que muitas pessoas perdem a razão. Se Deus é dono de toda a sabedoria e de toda a razão, pra que estimularia a perca da razão pelo domínio da fé? Quando alguém não sabe equivaler a fé junto com a razão, prova que não está apto para manter nem um nem outro como principio.

A fé é simples, a razão também. Não consigo imaginar uma fé que atrapalhe a razão, e uma razão que atrapalhe a fé. Ser cristão e não pensar, não quer dizer que você tem muita fé, mas sim que tem muita emoção e a está pondo em prática. A fé não é um caminho e a razão outro. A fé sem razão nos leva a um abismo, e a razão sem fé, nos leva a uma vida de desesperança.

Não permita que o monopólio de séculos atrás atinga a sua vida, não caia em um abismo, pense, repense, leia, releia, critique e determine. Não se perca em meras ilusões, nem em meros ideais...


Tenha uma fé que pensa, e uma razão que crê!