Esse artigo busca ser agressivo e talvez seja tudo que você não queira ler.

Dia 25 de fevereiro desse ano, estreiou nos cinemas o filme "Bruna surfistinha", que conta a história de uma jovem que teve grandes oportunidades nas mãos, mas que em busca de independência e outros motivos se encontrou com a prostituição. O filme tem como atriz principal a Deborah Secco que fará o papel de Bruna Surfistinha.



Não vi o filme, não quero ver, e não recomendo. Se tratasse de uma jovem sem oportunidades, sofrida, derrubada pela vida, que conseguiu algo na prostituição e um dia deu a volta por cima, provavelmente seria uma história edificante, de alguém que venceu na vida e superou o sofrimento e a prostituição.
Porém estamos falando de uma menina que teve uma adolescência um tanto conturbada, com namoro sem permissão dos pais, com uso de drogas, roubos em casa.

A Raquel Pacheco ( nome verdadeiro de Bruna surfistinha ), se envolveu com drogas durante seu namoro na adolescência, e para manter seu vício, roubava coisas em casa para vender. Mas quando seu pai descobriu, lhe deu uma "bronca" e ela não gostou muito, e a partir daí decidiu fugir de casa, ter sua própria vida, fazer suas próprias vontades.

Procurando no jornal, um emprego, desistiu logo, pois as exigências eram muitas, e o currículo dela não era um dos melhores, porém uma notícia a chamou atenção, e nela dizia "Precisa-se de garotas de programa", sem ter para onde ir, e sem querer voltar para a casa dos pais, aquela era a solução para Raquel Pacheco. Pelo menos era o que ela via.

No começo o "trabalho" não foi fácil, não era bem remunerado, a carga horária era pesada e entre outras condições precárias. Mas até os 21 anos, aquele era o lugar que Raquel viveria.

A menina que teve oportunidade de estudar nas melhores escolas, de frequentar as melhores faculdades, de ter os melhores cursos e diplomas, ficou 3 anos vivendo de prostituição, por decisão própria.

O que quero falar aqui, não é a história da moça, isso foi apenas um resumo. O que quero falar e criticar é o fato de transformar essa história em um filme, até um certo tempo atrás a industria dos cinemas era feita para passar informações e conteúdo cultural para as pessoas, de uma certa forma, o objetivo era ensinar algo, ou fazer o público se interagir.

É um incentivo cultural colocar a história de uma jovem que teve oportunidades de crescer profissionalmente na vida, mas que por envolvimento com drogas caiu na prostituição e continuou fazendo isso por prazer, e que fez filmes pornográficos e escreveu um blog e livros contando sobre seus serviços com seus clientes?

Bom, mais uma vez o mundo mostra que está mais interessado com quanto entra no bolso do que quando entra na cabeça de um jovem por exemplo. E encerrando o tema sobre a prostituição no cinema, vamos falar sobre os jovens, e entrar na depravação nas ruas.

O jovem tem mais chance de estar de acordo com a moda, por serem facilmente influenciáveis entre si. Alguém puxa a tendência de algum lugar e rapidamente todos os seus amigos estão de acordo. Porém a moda que temos visto entre os jovens são os 3 Não!

Não se amar!

Não se cuidar!

Não se respeitar!

Andando pelas ruas de Niterói, via por todos os lados meninas entre 13 e 17 anos (aproximadamente), usando roupas curtas e sedutoras, deixando nelas uma imagem de depravada, oferecida, apresentando a maior parte do corpo a vista. O rio de janeiro tem a maior parte dos cariocas envolvidos com o "ritmo" funk, que são músicas que estimulam o envolvimento sexual.

Junto com essa "música" e a tendência dos 3 Não, temos perdidos jovens, que tem perdido sua inocência, mesmo com tanta imaturidade. O grande problema dos 3 Não é que não se amando, não se cuidando e não se respeitando, esses jovens também não tem o menor zelo e respeito com o próximo.

Não estamos somente perdendo jovens para cristo, mas estamos perdendo jovens para tudo. O sexo tem sido cada vez mais um passo da adolescência, não há amor, não há prazer, há somente o sentimento de que subiu de nível em relação aos outros.

Funk não é cultura, e tem sido cada vez mais um motivo de depravação geral! Por meio dele, jovens estão começando a beber cada vez mais cedo, e a onda de anos atrás do cigarro ainda é presente. As meninas já não preservam o próprio corpo, mas procuram ser cada vez mais ousada no jeito de se vestir, no jeito de se falar, no jeito de andar.

Infelizmente, a depravação na rua não é um filme de cinema e não é uma ficção, mas é uma realidade pura. A grande questão não é a preservação do corpo, ao fazer sexo sem ordem e consciência, mas é a mentalidade que esses jovens tem, porque toda a atitude é gerada por um pensamento, e se na cabeça desses jovens, existem cada vez mais pensamentos depravados, cada vez mais teremos as atitudes da mesma forma.

Precisamos estimular a educação e a cultura para os jovens, fazê-los ter contato com bons livros, bons programas, e bons filmes. Ao invés disso, elegemos um palhaço, investimos em filme cada vez menos edificantes e mais chamativos (como sempre, o dinheiro na frente de tudo).

É triste escrever isso, mas é um desabafo sobre o que estamos entregando aos jovens do nosso país. Não digo que o funk seja a fonte de criminalização, mas é uma grande fonte de depravação. Dá pra sentir orgulho em morar na estrada da posse, ser só mais um silva, em apenas querer ser feliz, e andar tranquilamente na favela onde nasceu , mas é de dá nojo os funks atuais. Não é uma questão de gosto músical, é uma questão de realidade, se você ouve funk e não acha que as músicas incentivam a prática sexual, talvez você esteja surdo.

Você! Se ame! Se cuide! Se respeite!
Porque se você não fizer isso por si próprio, ninguém o fará.

De um jovem insatisfeito, para todos aqueles que querem uma juventude firme, que se ame, se cuide e se respeite.

AmémSeGraçaePaz