Oi gente! Como foram de Natal e Ano Novo? Não sei se vocês perceberam mas nos últimos dias temos colocado vários textos e charges de outras pessoas por que ninguém é de ferro e tiramos uns dias pra dar uma relaxada… rs. Aos poucos voltamos a colocar textos de nossa autoria com mais frequência.

Estava lendo mais um pouco do livro “Pra que serve Deus” do Philip Yancey (que já citei aqui várias vezes) e me deparei com um tema bem interessante.

Em um dos últimos capítulos do livro ele fala a respeito do A.A (Alcoólicos Anônimos) e o que nós como igreja podemos aprender com eles. Vou colocar neste post algumas partes que gostei muito e vou colocar também meus comentários.

“A palavra pecado poucas vezes aparece na sociedade refinada hoje em dia, e até mesmo os grupos de recuperação talvez evitem esse termo com suas ondulantes conotações. Contudo, os alcoólicos e outros dependentes me ensinaram sobre a natureza do pecado. Quando se reúnem em grupos vocês (dependentes) se apresentam dizendo: “Oi, eu sou John e sou alcoólico” e “Oi, eu sou Maria e sou viciada em cocaína”. Se alguém houvesse dito: “Eu sou John e era alcoólico, mas agora estou curado”, o grupo teria pulado em cima dessa pessoa. Os grupos de recuperação dos doze passos (como o AA) insistem no uso do perigoso tempo presente nos verbos. Os alcoólicos não são “curados”; eles simplesmente param de beber. Os viciados estão se recuperando, não estão recuperados. Um alcoólico sempre permanece a um drinque de distância de recair no caminho da destruição, a uma cilada de distância de cair do cavalo.” pg. 234 e 235

“Essa embolorada palavra – pecado – simplesmente identifica aquelas ações que trazem danos físicos e espirituais. Abusando dos dons de Deus, nós introduzimos alguma coisa estranha em nossa alma. Quando se permite que o pecado se torne um vício, ele causa sérios prejuízos, desligando o potencial para o qual fomos criados. O arrependimento remove o bloqueio e restaura a alimentação das áreas de risco, liberando o fluxo vital e purificador da graça de Deus” pg. 240

Bom, se eu for colocar todas as partes que eu gostei do capítulo não vai dar certo, por que o capítulo todo é maravilhoso e nos faz parar pra pensar sobre o modo que estamos dirigindo a nossa vida. E o que eu pensei foi como muitas vezes o nosso modo de pensar está equivocado… Muitas vezes o caminho que seguimos passa a imagem para as pessoas que estão a nossa volta que pelo fato de estarmos indo a igreja e sermos convertidos, somos “melhores” que as outras pessoas. Nesse capítulo inclusive, um alcoólico comenta que não gosta de ir a igreja por que lá as pessoas são perfeitas demais e olham torto para ele… e dessa forma ele se sente excluído. E eu pensei: “Será que muitas vezes não é essa a imagem que passamos as pessoas??” Não estou querendo dizer que devemos ficar pensando em nossos pecados 24 horas por dia e vivermos cheios de culpa, mas que nós devemos viver lembrando que somos pecadores e não que éramos pecadores…

Acho que com o tempo de conversão a nossa vida antiga vai ficando tão para trás que esquecemos que a misericórdia de Deus se renova a cada dia justamente pelo fato de não sermos perfeitos e sermos necessitados dela todos os dias de nossa vida e que a igreja não é um lugar de gente do bem (no sentido de gente perfeita, certinha), mas um lugar que vamos para ficar bem. Pois cada um de nós tem suas fraquezas e problemas, e em Deus encontramos forças para seguir.

Mas como Deus age nos dando essa força?

Continua amanhã 

Deus abençoe a todos!

Júlia do Sinal do Reino