Não gosto de passar um dia sequer sem dar um sorriso, não gosto de ver a hora passar sem por minha risada em ação. Sou adepto da alegria, visto a camisa da felicidade, pintaria o mundo com bons momentos, e o encheria de realizações se pudesse, mas não posso, não posso nem sorrir todo o tempo, as vezes sou tomado por tristezas, por pensamentos, sentimentos e emoções tristes. Meu corpo não sustenta a tristeza da minha alma, e chora junto com ela. Meu rosto fica logo molhado e inchado, é difícil conter o riso, porém é mais difícil ainda disfarçar a tristeza, não é por que as pessoas não vêem que não estamos sentindo. Só nós sabemos o que acontece, quando as luzes do nosso mundo pessoal se focam em algo ainda mais pessoal, nossa existência. O pior tipo de tristeza é a que nos dá vontade de morrer. É a que nos faz esquecer das coisas boas da vida.

Ninguém, por mais feliz, ou por mais motivos para ser feliz, é capaz de driblar certas tristezas, é possível que tenha mais força para enfrentar e dar a volta por cima, mas as tristezas são inevitáveis. Podem durar horas, dias, podendo nunca sair das nossas cabeças, ou podem vir e ir embora, deixando apenas um espaço vazio nos nossos sentimentos.

Odeio saber que meu silêncio venceu, que minha alegria se escondeu, e que a esperança está atrasada. Odeio ter que assumir quando as lágrimas chegam a minha boca, que eu estou derrotado, que eu fracassei. A única coisa boa quando choro é que me sinto mais criança do que quando rio, fico frágil, dependente...

Os momentos de tristeza, são momentos de reflexão, quando estamos derrotados, ou desistimos ou aprendemos mais para poder ganhar, na vida, quando ganhamos,  vivemos em um mar de flores, em um arco íris de felicidade, mas quando perdemos, vivemos em um acordeon de notas amargas, em trevas sem limites.